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Assembleia da Fraternidade Escolápia

Assembleia da Fraternidade Escolápia

Fraternidade e religiosos em caminho sinodal – Eu, você, todos somos Itaka

Como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência. Carregai uns os fardos dos outros e perdoai-vos mutuamente.

Nos dias 02 e 03 de julho de 2022, aconteceu a Assembleia da Fraternidade, reunindo membros fraternos das presenças de Serra, Belo Horizonte e Governador Valadares, no Colégio Ibituruna, com o objetivo de refletir sobre a caminhada da Fraternidade nos últimos três anos e traçar propostas de futuro.

O tema da Assembleia diz muito do rico período que vivenciamos na Igreja em todo o mundo e, de modo especial, na vida das Escolas Pias: a Sinodalidade. Juntos, religiosos e leigos, fazem o percurso da construção do Reino de Deus, compartilhando do mesmo carisma. Calasanz, nosso Santo Padroeiro, nos deixou o legado do cuidado das crianças e jovens, e essa herança está no coração de cada escolápio, que procura responder, com amor e ternura, ao chamado de Deus, sob a guia do Espírito.

Os conselheiros demarcacionais apresentaram os materiais de estudo e conduziram o encontro, destacando as ações da Fraternidade, atenta à situação dos fraternos e da vida comunitária, não parando nem mesmo no período da pandemia. Izabel, a Coordenadora da Fraternidade Brasil, reafirmou a importância dos conselhos locais e demarcacionais, bem como das equipes de animação, para a garantia da caminhada das comunidades fraternas, impulsionando os trabalhos e animando todos na continuidade da missão.

Pe. Enivaldo apresentou o tema do Capítulo Geral e algumas informações da Assembleia Geral da Fraternidade, situando a inspiração das reflexões: Sob a guia do Espírito Santo. Explicou que um capítulo é uma grande assembleia em que se faz a revisão da caminhada da Ordem e análise da realidade das Demarcações, visando à proposição de futuro e elaboração de documentos orientativos da caminhada.

No capítulo, foram apresentados quatro núcleos temáticos sobre os quais os documentos capitulares foram escritos. Sendo a centralidade em Jesus Cristo, o grande e primeiro eixo temático.  Os outros são: o Escolápio de que necessitamos, um ministério insubstituível e a construção das Escolas Pias. Pe. Enivaldo refletiu sobre cada um dos temas, destacando a importância da vida comunitária e a integração de religiosos e leigos, realçando o valor da Fraternidade, como espaço de participação dos leigos na vida e missão escolápias. Sendo essa é uma decisão institucional. Falou-nos também sobre outros temas do capítulo, como a interculturalidade da Escola Pia, com rica diversidade cultural e a construção de uma nova mentalidade de Ordem. Somos e vivemos uma grande riqueza cultural, com pessoas de várias nações de quatro continentes. Um tema que perpassou as diversas reflexões é o da Sinodalidade. Assim como a Igreja Universal está discutindo essa realidade como maneira de ser da Igreja, também nós, escolápios, buscamos refletir sobre o tema, para fazer o caminho juntos, com responsabilidade compartilhada entre religiosos e leigos.

Sobre a Assembleia Geral da Fraternidade, Pe Enivaldo refletiu sobre o surgimento da Fraternidade, que enriquece e complementa a vida e missão escolápias. A Fraternidade compartilha o mesmo carisma da Ordem das Escolas Pias, sendo sujeito, com DNA próprio, com autonomia. Duas linhas de ação foram propostas: Fortalecer a Fraternidade e Responder com força crescente aos desafios da missão escolápia.

            Guilherme apresentou sobre a realidade do Movimento Calasanz no Brasil e o papel da Fraternidade no impulsionamento das propostas deste. No contexto do Brasil, o MC é a oferta escolápia de encontros dos grupos de fé, num itinerário espiritual de caminhada junto com Jesus Cristo, em diversas faixas etárias, como uma rede que envolve a formação inicial e permanente na fé e a participação na vida da Igreja. Como Fraternidade escolápia, somos chamados a ser referência de desembocadura dos processos do MC, assim como impulsionadores da missão, sendo animadores dos grupos de fé e/ou apoiadores da caminhada desses, desde os pequenos até a Juventude Escolápia.

Sobre a JE, afirmou que se consolidou em 2018, a partir de uma experiência em BH, e, atualmente, está em três presenças escolápias, despontando também em Araguaína. A Juventude Escolápia busca oferecer um espaço para o crescimento pessoal e comunitário para o/a jovem e uma vivência de fé. Guilherme situou o projeto construído pela JE, Landriani, com o objetivo de fomentar ações de cunho social, levando os jovens a se comprometerem com atividades voluntárias em favor dos mais necessitados. Essa proposta deseja despertar o compromisso social e engajamento dos jovens em experiências de voluntariado e de missão.

Maria Emília falou-nos sobre a Rede Itaka Escolápios, uma plataforma de missão compartilhada entre Fraternidade e Ordem das Escolas Pias. Desde essa Rede, são desenvolvidas ações variadas com a corresponsabilidade desses dois sujeitos. A Rede Itaka – Escolápios é uma realidade que transforma nosso ambiente, toda a sociedade e o mundo através da educação formal e não formal, a proposta de valores cristãos e os projetos de transformação social.

Padre Alexandre explicitou sobre a realidade da Pastoral Vocacional e a construção de uma cultura vocacional em todas as pastorais, reafirmando a importância do envolvimento da Fraternidade nas propostas da PV, sendo referência e sinal de Deus na vida da juventude, que pode se encantar com nosso jeito de viver.

No segundo dia da Assembleia, aconteceu a reflexão sobre o Estatuto da Fraternidade 2019 e a votação das alterações propostas pelas comunidades fraternas, a fim de adequar nosso documento à dinâmica da vida da Fraternidade. Tivemos oportunidade de analisar as proposições e aprovar aquilo que condiz com a realidade.

Foram dois dias de ricas reflexões, de interação dos fraternos das presenças e de análise de nossa caminhada.

Que São José de Calasanz continue nos inspirando no seguimento a Jesus Cristo, acolhendo a missão de “educar, evangelizando crianças e jovens”, para a transformação pessoal, comunitária e social.

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Fotos: Aline Rocha e Fabiano Alves

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